Traída pelo amor 4: (Re) Soluções
21h45min. Problemas. - Fala logo Priscila. Para quem você está trabalhando? Para quem você ia me entregar? - Para ninguém. Pereira desfere um potente soco no rosto da loura. - Ai! - Vamos cadela. Abre o bico. Ele não merece todo este sacrifício. A loura cospe o sangue na cara de Jonas. - Péssima atitude. Quem bate agora é Jonas. Três socos na boca da loura, uma rasteira e em seguida ele pisa em seu pescoço. - Fala! Eu vou te matar! Se falar você sofre menos. Faaala! Priscila apenas chora, e reza para que o maldito Ramos ou seu amado Max cheguem para salva-la. A loura deveria ter mais fé, pois Deus ainda olha por ela. Um tiro e Jonas cai no chão acabando com a pressão em seu pescoço. Mais que depressa, Pereira dispara na direção da janela e corre para os fundos da casa. Priscila ainda recuperando o fôlego ouve um baque surdo no chão e em seguida duas mãos a levantá-la. É Max. - Você está bem Priscila? - Com você estou. - Seu rosto... Max sente uma pontada no coração e as lágrimas vêm aos seus olhos. O rosto de Priscila está muito machucado. Ela passa a mão no rosto dele. - Não fique assim. Eu entrei nesta porque quis. - Se eu não tivesse te entregado ao Ramos... - Morra, sua maldita! Por um momento, Max e Priscila se esqueceram completamente de Jonas. O canalha, mesmo baleado, ainda tem forças para atirar na bela loura. Ato reflexo, Max se projeta à frente de Priscila e recebe o tiro no peito. Ramos, que entrara pelos fundos e já havia matado Pereira, acaba de descarregar sua arma em Jonas. Max cai no chão. - Nãããããããããooooooooo!!! Max, não! Priscila se joga sobre o corpo de Max. Seu desespero é plangente. - Não, Max! Você não pode morrer! - Contenção, é o Ramos. Eu preciso de uma ambulância. Repito, preciso de uma ambulância urgente, agente ferido. - Não meu amor. Fique comigo. - Acalme-se Priscila. Sai de cima dele. Ele tem que respirar. Ramos afasta Priscila e se abaixa a fim de saber se Max tem pulsação. Tem, menos mal. O rapaz balbucia algumas palavras e Ramos se aproxima de seus lábios para ouvir. - Co... conseguiu as provas? - Sim garoto. Tudo resolvido. - E...? - O que? - E Priscila? - Está livre. - Bom. - O que ele disse Ramos? Max levanta a mão e faz sinal para que Priscila se aproxime. A loura encosta seu ouvido na boca do rapaz. - Viva... sua vida. O rapaz desmaia justamente no momento em que a equipe médica adentra o local. Ramos puxa a loura para fora da casa. Ela, em prantos e desesperada, abraça Ramos. O agente, apesar de ser um homem duro, não a repele. - Ele vai ficar bom, guria, acredite. - Ele disse, ele disse para eu viver a minha vida. - Sim, você poderá viver sua vida Priscila. Está livre. Com a morte de Jonas e Pereira eu não preciso nem do seu testemunho. - Como eu vou viver minha vida sem Max? - Você acredita em Deus garota? - Sim. - Então reze para que ele fique bem. Três dias depois. Num hospital na Barra. - Como está garoto? Pronto para outra? - Estou quase. Mas prefiro continuar com meu serviço. - Você atira bem. Não quer treinar para ser um agente? Tem sangue frio... - Não é minha praia, Ramos. Prefiro continuar auxiliando vocês de frente para meu computador. - Ok. Você quem sabe garoto. - Posso entrar? Uma bela morena está parada à porta do quarto. É a jovem professora Sandra. O anjo da vida de Max. - Claro, Sandra. Entre. - O que houve com você, meu amor? - Ah, bala perdida. Sabe como é o Rio de Janeiro. - Desculpe só ter vindo hoje. Estava na região dos lagos com minha mãe e só soube do que tinha acontecido com você ontem à noite. - Sem problemas. Sandra, este é um amigo meu. Anderson Ramos. - Prazer. - O prazer é meu jovem. O Max fala muito de você. - Espero que bem. - Bem demais. Garoto, vou nessa. - Certo. A gente se vê no trabalho. - Espero que o mais breve possível. Você é um bom profissional e uma boa pessoa também. Fique bem. - Tchau Ramos. - A Priscila já veio te ver? – questiona Sandra. - Não sei, eu estava sedado. - Já decidiu sua vida, Max? Vai aceitar o trabalho em São Paulo? - Não sei Sandra. Minha vida está muito bem estruturada aqui. Eu tenho você aqui. - E a Priscila. - Mas se eu for não terei ninguém. - Se você for e quiser, eu vou com você. - Vai? - Vou. Vou com você aonde você for. - Tem certeza, Sandra? Não seria fácil o início de vida lá. - A gente come arroz, feijão e ovo, desde que esteja junto. - A decisão não é fácil. Eu preciso de um tempo para pensar. - Saiba que estarei ao seu lado. - Eu sei. Sandra dá um beijo apaixonado em Max. Ao abrir os olhos o rapaz observa Priscila parada no meio do quarto com um buquê de rosas na mão. Sandra percebe que precisa sair do quarto. - Vou deixar vocês conversarem. Eu sei que você precisa. – ela sussurra no ouvido de Max. - Obrigado Sandra. Por me entender. - Me liga? - Sim. - Oi Sandra. - Tchau Priscila. - O que ela fazia aqui Max? - Eu estou bem tá Priscila? Obrigado. - Eu queria conversar com você. - Eu também. Precisamos decidir nossas vidas. Léo Rodrigues
Enviado por Léo Rodrigues em 11/09/2007
Alterado em 27/06/2008 |