Traída pelo amor 3: Vida em risco
- Alô? - Jonas? É a Priscila meu amor. - Oi gata. Tudo bom? - Poderia estar melhor. - O que houve? - Além da saudade que estou de você? To precisando levantar uma grana e só você pode me ajudar. - Resolveu voltar ao trabalho é? - Bem, por uns meses apenas. Se você não se importar. - De forma alguma. Quer passar na minha casa hoje? - As nove tá bom? - Perfeito. Priscila desliga o celular e olha para Ramos. - Muito bom. Bela atuação. Digna de um Oscar. - Poupe-me de suas gracinhas, Ramos. - Como eu dizia, bela atuação, mas Jonas não caiu na sua história. Ele vai armar para você Priscila. Só que eu preciso pega-lo em flagrante. - E...? - E, nós vamos agir da seguinte forma... No mesmo instante, Jonas, após desligar o telefone com Priscila, disca para outra pessoa. - Pereira? - Fala Jonas. - A loura ta armando alguma coisa. - E daí? - As nove, hoje, em minha casa. Vamos acabar com este problema. - Certo. Às oito e meia eu chego lá. - Fechado. 20h20min. - Você tem certeza que sabe atirar garoto? - Eu servi o exército Ramos. Aprendi um pouco. - Ótimo. Se o bicho pegar atire em tudo que se mexer e corra. - E você? - Eu me viro. Eu não vou poder sair de lá sem pelo menos uma prova concreta contra Jonas. O telefone de Max toca. - Oi Sandra. Sim, também estou. Hoje? Hoje não vai dar. Posso te ligar amanhã? Certo. Um beijo. Tchau. - Sandra né? Você vai ter que decidir tua vida, garoto. - Do que está falando Ramos? - Do teu coração. Ou fica com a loura belzebu ou com a morena, seu Anjinho, na sua vida. - Anjinho? Seu filho da puta, você grampeou meu telefone? - Claro. Como eu poderia confiar em você sem te conhecer bem? Sua escolha é difícil. As duas são lindas. Mas lembre-se, Priscila não presta. - Disso eu sei. Mas tem algo com ela que me puxa para sua vida. - O perigo, garoto. Mulheres perigosas são atraentes. Quer um conselho? A professora é mais centrada e com certeza ama você. Esquece a loura. - Porque você acha que eu deveria seguir teu conselho Ramos? O conselho de um matador do P.I.? - Você é um garoto bom e eu não quero que você passe pelo que eu passei tempos atrás. Olhe. Ramos levanta sua camisa e Max observa quatro cicatrizes. - Eu tomei estes quatro tiros para defender uma mulher que não merecia. Sabe qual foi minha sorte? - Não. - Eu tenho uma puta de uma mira e alguém lá em cima gosta de mim. Eu só tinha uma bala, e a acertei bem no meio da testa de Angus. Não cometa o mesmo erro que eu Max. Pense. No fundo do teu coração você não quer mais a loura. É a professora que você quer. Aliás, você sempre quis a professora garoto. - Você me monitora desde que eu cheguei ao P.I., não é? - É sim. “O único amor que nunca se extinguiu ou extinguirá no meu peito, é o seu.”. Quer maior prova de que você quer a morena? - É. Talvez você esteja certo. - Hum, oito e meia. Hora de partir garoto. Boa sorte. - Para você também, Ramos. 20h50min. Priscila toca a campainha da casa de Jonas. - Chegou cedo, querida. Mudando os hábitos? - Só um pouquinho, meu garanhão. - Entre, quer beber algo? - Hum. Que tal uma taça de vinho? - Ok. Jonas dá uma olhada demorada no rosto da loura e segue até o bar a fim de pôr o vinho para Priscila. A loura consulta seu relógio. O combinado é fazer Jonas falar o suficiente para se incriminar e, quem sabe, mostrar-lhe provas até as dez. São nove e cinco, ela tem cinqüenta e cinco minutos para obter êxito e cair fora dali com Max antes que Ramos precise agir. - Jonas, dá para irmos direto ao ponto? - Que ponto minha cara? - Os produtos. Os compradores continuam os mesmos. Minha lista ainda é quente. Preciso saber se o material ainda é de primeira. - Calma menina. Você está muito afobada. Vamos curtir o vinho primeiro. Na escuta: - Ramos, é o Max. Está ouvindo? O filho da puta sacou o lance. Ele está enrolando a Priscila. - Calma, garoto. Ela sabia que isto poderia acontecer. Ela sabe o que fazer. Lembre-se, você só aparece após o sinal. Casa de Jonas. - Jonas, eu estou desesperada. Não tenho tempo para pensar em sacanagem. Se meu pai descobre o desfalque que dei nele, estou frita. - Nervosa? Não devia. - Ah não? Anda Jonas. Me passa o que puder. Eu tenho dois dias para levantar a grana. - Está certo, mas antes, tem um amigo meu que quer lhe falar. - Quem? Um homem magro, com pouco mais de um metro e oitenta entra na sala com uma pistola apontada para Priscila. - O que significa isso? - Cala a boca. Levanta. Anda. Pereira revista Priscila e encontra a escuta. Ele joga o aparelho no chão e pisa para quebrá-lo. - Viu Jonas? Sua menina queria te foder. - É, parece que sim. Mas agora quem vai se foder é ela. - Do que está falando Jonas? Eu, eu posso explicar. - Não precisa. – Jonas engatilha sua pistola e aponta para a cabeça de Priscila. - O que é isso, Jonas? Eu, eu te amo. E a nossa história juntos? - Nossa história acaba aqui. Na escuta: - Ramos, acho que descobriram a loura. A escuta ficou muda. - Calma garoto. Vamos aguardar mais um pouco. - Não Ramos. Eu vou entrar. Não posso deixar que aconteça algo com ela. Fui eu quem a colocou nisto tudo e vou tirar. Max sai do furgão da escuta, sacando sua pistola, e corre em direção a casa de Jonas. - Max fique aí. Maldição! Este garoto vai por tudo a perder. Contenção, todos a postos. Eu vou entrar. O bicho vai pegar Léo Rodrigues
Enviado por Léo Rodrigues em 10/09/2007
Alterado em 11/09/2007 |