Química perfeita!!!
Química perfeita. Férias. Praia paradisíaca. Clima romântico. Tudo o que a jovem Lívia queria em sua vida para dar a volta por cima. Afinal de contas, seu último relacionamento lhe traz péssimas lembranças. O homem que ela pensava ser ideal para sua vida, aquele com o qual ela gostaria de envelhecer ao lado, fez a única coisa que ela jamais perdoaria. Seu noivo a traiu com uma de suas amigas. Aliás, ela a considerava uma de suas melhores amigas. Uma dupla traição gerando uma tristeza dobrada.
Lívia, em conseqüência dos acontecimentos em sua vida afetiva, já não conseguia um bom rendimento no trabalho, o que a obrigou a aceitar a oferta de Leonora, sua supervisora no escritório de publicidade: tirar umas boas e merecidas férias viajando juntas. Sendo assim, a bela publicitária chega a Porto Seguro disposta a esquecer suas tristezas e tentar curtir as maravilhas desta bela cidade. Uma vez no paraíso, a melhor opção é curtir um pouco de tudo. O dia nem bem amanhece e Lívia, já de biquíni, segue para a piscina do hotel. Nada melhor do que um dia após o outro. E é pensando assim que ela pretende aproveitar cada minuto destas férias. Cerca de uma hora depois, Leonora resolve descer e juntar-se a sua amiga. O papo entre as duas rola animado entre um mergulho e outro. A cada mergulho, Leonora propositadamente atravessa a piscina e vem andando pela borda. Lívia não percebe o porquê da atitude da amiga, que é justamente comprovar que dois rapazes, que se encontram a direita de onde elas estão, realmente as estão observando. Mais uma vez Leonora resolve mergulhar, e desta vez, ao passar pelos dois, a jovem é abordada por um deles, Caio. - Senhorita posso lhe falar um minuto? - Sim, porque não? - Bem, em primeiro lugar deixe que me apresente. Meu nome é Caio. - Diz o jovem estendendo a mão à bela ruiva. - Eu me chamo Leonora. – Responde a ruiva retribuindo o cumprimento. - Este é meu irmão mais novo, Marcos. - Muito prazer. - O prazer é meu, senhorita. Após as apresentações, os três mantém uma animada conversa até chegarem num ponto que muito interessa a Marcos. Levados por Leonora, os dois irmãos são devidamente apresentados a Lívia. A troca de olhares entre a bela morena e o irmão mais novo é facilmente percebida pelos outro dois. Entre conversa e brincadeiras, Lívia e Marcos vão percebendo o quanto possuem em comum. A principal situação, por assim dizer, em comum, é o fato de que os dois, românticos assumidos, foram traídos em seus relacionamentos anteriores. Lívia conta que aceitou a idéia de sua supervisora, para que pudesse esquecer o que aconteceu e Marcos foi trazido a reboque pelo irmão. Histórias parecidas envolvendo dois corações. Deus sabe bem o que faz. Com o pôr do sol, as pessoas começam a se retirar para seus quartos a fim de se prepararem para a badalação noturna. Festas, boates, luaus, enfim, todo um pacote de eventos para tornar a estadia dos turistas presentes na cidade algo inesquecível. Antes de subirem para os quartos, os quatro novos amigos combinam de ir juntos a um luau, conhecido como Luau de Afrodite, que será realizado numa praia próxima ao hotel. À noite como combinado, os quatro se encontram no quiosque a beira da piscina e seguem juntos para a praia. A conversa segue animada e a troca de olhares se torna cada vez mais penetrante. Marcos não consegue tirar os olhos de Lívia, nem ela dele. Percebendo o clima que começa a pintar entre os dois e, notando que Leonora está correspondendo a seus galanteios, Caio dá a idéia de não se sentarem próximos à fogueira central e sim de sentarem próximos as fogueiras periféricas, estrategicamente preparadas pelos organizadores do luau para que os casais possam namorar num clima romântico e a sós. A idéia, claro, é muito bem aceita por todos e, sendo assim, os dois casais se separam e vão, cada um, na direção de uma fogueira menor. O clima romântico que envolve o evento promete surpresas agradáveis e maravilhosas a cada um ali presente. Já devidamente acomodados, Marcos pega, em cima da mesinha próxima a eles, uma flor, mais precisamente uma rosa branca, e a prende nos cabelos de Lívia, seguindo a tradição deste luau. Nas fantasias medievais, os bardos eram responsáveis por alegrar os ambientes com suas músicas e histórias fantásticas. No luau, um homem desempenhando o papel de um bardo dos tempos mitológicos toca uma harpa. Sua música maviosa, associando-se ao crepitar da fogueira e o som do mar batendo no quebra mar em conjunto com as diversas velas aromáticas espalhadas pela praia tornam o clima cada vez mais romântico. A necessidade de palavras dentro deste conjunto maravilhoso é ínfima. Marcos e Lívia apenas se olham, sentindo que algo cresce no coração dos dois. O vinho que é servido, doce e saboroso, ajuda a acender a chama da paixão. A sinceridade está estampada em seus olhos. Lívia e Marcos estão se apaixonando. Não há uma regra para as paixões acometerem as pessoas, basta apenas que elas sejam sinceras e deixem que seus corações sintam, apenas isto, sintam. E é o que acontece com os dois. Dois corações machucados, sentem agora uma aura verdadeira emanar. Sentem agora que a pessoa que está ali a sua frente não está por acaso. É obra do destino. É obra do amor. A entrega é pura e singela, num beijo carinhoso e ardente, cheio de ternura e paixão. O sentimento que os aproxima é puro. O amor que cresce e que os enovela, tenro e singelo demonstra o que realmente é uma química perfeita.
Léo Rodrigues
Enviado por Léo Rodrigues em 19/04/2007
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