Amor Vampiro
Lua de prata
Aos olhos de um amante
Lua de sangue
Aos olhos de um vampiro
Criaturas da noite
Me cercam de forma pulsante
Me envolvem, me prendem
Um cheiro doce de súbito eu respiro
Lembro da lua
E ela surge nua
As criaturas não reagem
Ante a sua passagem
Segura minha mão
Numa sensação de frescor
Mas sou uma criatura da noite
Não posso ceder ao amor
O que faço com esta ninfa
Que do mal quer me livrar
E do amor que me ressinto
Que parece me devorar
Esqueço por um instante
Que não sou mais um amante
Mas do meu peito ela quer que levante
Desta forma inebriante
Este amor vampiro
Com a força de seu suspiro
Desista da vida escura
Em meu ouvido murmura
Eu posso te ajudar
A do inferno se libertar
Respondo a ninfa pura
Que em meu peito perdura
O verbo da loucura
Que se chama amar
E a besta que de mim se apodera
O ódio ao amor supera
Arrebata-lhe e suga-lhe a vida
Que agora ficará perdida
No abraço da morte terrível
Que da forma mais incrível
Fará novamente florescer
O amor ao alvorecer
Mesmo que de forma impura
No início de sua vida escura.
Léo Rodrigues
Enviado por Léo Rodrigues em 24/06/2008
Alterado em 24/06/2008 |